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5 tendências para a Saúde Digital: impacto na qualidade de vida

As mudanças cada vez mais aceleradas por novos hábitos, a partir de novos paradigmas de consumo, evidenciam a necessidade da adoção disseminada do mindset digital nas empresas para um time to market menor, com maior assertividade pela centricidade nos clientes.

Com a pandemia, poucas indústrias foram tão desafiadas como as de Life Sciences e Healthcare. O universo da saúde sentiu de forma dramática o impacto, com cargas de trabalho extensas, escassez de mão de obra, mudanças de hábitos de consumo e de cuidados pessoais, além da repentina dispersão dos pacientes pela necessidade de maior permanência em suas casas.


Somado a estes fatores, experimentamos taxas de inflação elevadas no mundo inteiro e o desbalanceamento das cadeias de suprimentos. Apesar das empresas desses setores terem se adaptado rapidamente, vemos que ainda há muito a ser feito para que produtos e serviços sejam oferecidos em larga escala de forma cada vez mais rápida, conveniente e personalizada aos clientes.


Segundo o relatório Future of Healthcare Report, publicado em 2021 sobre as previsões do setor para os próximos anos, mais de 50% dos consumidores estão interessados em soluções virtuais e remotas, como a telemedicina. Diante desse cenário e para atender às demandas atuais e futuras do mercado, há cinco pontos estratégicos que devem ser considerados pelas indústrias do segmento para o ganho de competitividade.


1. Cultura Digital: as empresas de saúde devem aproveitar o momento para revisar e aprimorar seus processos visando entregar produtos e serviços sob medida e no momento certo aos seus clientes. Considerando o contexto de complexidade elevada e dinamismo crescente, para que essa transformação ocorra e seja acelerada, a adoção e a disseminação do pensamento ágil e com o cliente no centro de tudo são elementos chaves para uma jornada assertiva e sustentável. Como decorrência, pode-se utilizar um leque amplo de soluções tecnológicas viabilizadoras, como as plataformas de mineração de processos e dados baseadas em Inteligência Artificial, que apoiam a tomada de decisões. Outro ponto que ganha destaque crescente é a criação de “gêmeos digitais”, que permitem às empresas a simulação em tempo real de diferentes cenários de negócio para a otimização de performance e da qualidade de atendimento.


2. Adoção e migração para soluções baseadas em nuvem: a pandemia exigiu que a indústria direcionasse recursos para o desenvolvimento de produtos, como as novas vacinas e os atendimentos remotos, em um ritmo mais rápido para suprir as demandas globais. Como exemplo, os processos tradicionais de ensaios clínicos foram impactados quando os participantes não puderam comparecer fisicamente aos locais selecionados. Logo, coletas e ensaios remotos tiveram que ser implementados em alta escala e em diversos países para a continuidade do desenvolvimento das vacinas. As cadeias logísticas foram demandadas enormemente para o controle e o transporte de insumos de todas as naturezas, em tempo recorde, enquanto outros serviços e produtos tiveram demanda drasticamente reduzidos. Isso nos mostra a importância fundamental dos negócios poderem atuar de forma elástica e rápida, expandindo e encolhendo onde e quando necessário. Os serviços e soluções em nuvem nunca foram tão decisivos e continuarão a ser um aliado essencial para cenários dinâmicos em mercados competitivos e globais.


3. Automação Robótica de Processos (RPA) e Inteligência Artificial: o setor de saúde opera sob regulamentos e requisitos rigorosos de organizações governamentais. O RPA tem o potencial de aprimorar os processos de ponta a ponta, pois oferece benefícios como automação inteligente com aprendizado contínuo, e tempos de execução menores com redução de falhas e rastreabilidade. Aliado ao uso de algoritmos especializados, pode-se, por exemplo, realizar o processamento de ensaios clínicos e imagens médicas, como a interpretação de raios-X, de forma automatizada, em larga escala e sem sobrecarregar o corpo técnico de clínicas e hospitais.


4. Produtos, serviços e soluções personalizadas: grandes avanços na área da saúde foram viabilizados com iniciativas envolvendo a Internet of Medical Things (em português, Internet das Coisas Médicas). O cuidado aos pacientes, como exemplo, pode ser aprimorado de forma mensurável por meio de soluções de monitoramento remoto, sensores e dispositivos vestíveis que podem notificar tempestivamente os profissionais de saúde e familiares sobre possíveis emergências e ajustes nos tratamentos em curso, como no caso de doenças crônicas. Juntamente com estes dispositivos e aplicativos, a geração, a coleta e a análise de dados de saúde podem ser utilizadas na criação de produtos e serviços personalizados, com atuação de forma cada vez mais preventiva e com custos mais acessíveis.


5. Gerenciamento e governança de dados: por fim, mas não menos importante é a forma como os dados coletados, em todos os pontos de contato, são mantidos, tratados, enriquecidos, consolidados e disponibilizados dentro das empresas, entre elas e com o mundo externo, respeitando as opções de consentimento de cada paciente, por exemplo. O estabelecimento de um modelo robusto de governança suportado por tecnologia como garantidor da qualidade e compliance de ponta a ponta é a base para que as análises de comportamentos, preferências, recorrências, interdependências e tendências sejam explorados na sua plenitude técnica e ética.


As mudanças cada vez mais aceleradas por novos hábitos, a partir de novos paradigmas de consumo, evidenciam a necessidade da adoção disseminada do mindset digital nas empresas para um time to market menor, com maior assertividade pela centricidade nos clientes. É hora de acelerar essa jornada de transformação através de pessoas, processos e tecnologias, num tripé a serviço da qualidade de vida e da criação de valor.


Por Christian Reis, vice-presidente de Tecnologia da Globant

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