A empresa utiliza dados ambientais e análises geoespaciais do IBM Environmental Intelligence Suite para prever variações nos rendimentos globais das colheitas
Eventos climáticos têm o potencial de causar grandes impactos na cadeia produtiva e de distribuição em todo o mundo. Nesse cenário, a BP Bunge Bioenergia, empresa formada pela joint venture das operações de açúcar e álcool da BP e da Bunge, e uma das líderes do mercado nacional do setor, está trabalhando com a Build IT Solutions, uma parceira de negócios da IBM no Brasil, para implementar o IBM Environmental Intelligence Suite (EIS), com o objetivo de aprimorar suas estimativas de inteligência de mercado em relação à produção global de açúcar.
A América Latina e o Caribe são regiões do mundo onde os efeitos e impactos das mudanças climáticas, como ondas de calor, diminuição da produção agrícola, incêndios florestais, esgotamento dos recifes de coral e eventos extremos de nível do mar serão mais intensos. Além disso, na região, a agricultura representa entre 5% e 18% do PIB. Organizações de diversos setores acompanham de perto os principais indicadores climáticos para prever possíveis mudanças meteorológicas e se antecipar a riscos para suas operações no mercado global. Tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial (IA) e nuvem híbrida, têm sido grandes aliadas das empresas no monitoramento de indicadores para fornecer insights ambientais de forma automatizada e otimizar a tomada de decisão.
A BP Bunge está utilizando o IBM Environmental Intelligence Suite (EIS), uma solução da IBM orientada por IA, para analisar e acessar dados climáticos em um único local, com o objetivo de estimar tendências de produtividade e melhorar a precisão da modelagem de safras de cana-de-açúcar para o departamento comercial da organização. Como um dos principais componentes do IBM Environmental Intelligence Suite, a análise geoespacial fornece atualizações constantes de clima, precipitação, temperaturas mínimas e máximas, quantidade de água no solo, NDVI (Normalized Difference Vegetation Index), entre outros indicadores. São cerca de 800 camadas de dados decodificados e estruturados pela IBM e disponibilizados para acesso em qualquer lugar do mundo.
A empresa faz uso desses dados para monitorar parâmetros climáticos, podendo, assim, aprimorar sua inteligência de mercado com estimativas mais assertivas para a produtividade diária em diferentes períodos. Essas informações possibilitam à organização obter uma visão mais ampla das variáveis que podem causar aumento ou diminuição das safras, entender quão impactante o clima será para o desenvolvimento da cana-de-açúcar e ajustar estatísticas relacionadas à produção para tomar as melhores decisões comerciais. “Existem diversas variáveis e indicadores que precisamos monitorar diariamente para chegarmos a estimativas confiáveis e, ao integrar todos esses dados em uma única plataforma, podemos monitorar os impactos de diferentes indicadores meteorológicos de forma automatizada e com muito mais agilidade”, diz Kleber Andrioli, gerente de Inteligência de Mercado da BP Bunge Bioenergia.
Por meio do IBM Environmental Intelligence Suite também foi possível criar um dashboard com informações customizadas para a Índia, um mercado estratégico para a BP Bunge Bioenergia, e fornecer alertas para qualquer variável específica que a empresa queira monitorar de forma automática por meio da plataforma. “É uma das facilidades possíveis dentro da solução que dá suporte a diversas indústrias a partir das suas necessidades. Isso reforça o diferencial que aplicações impulsionadas por inteligência artificial trazem ao mercado, oferecendo versatilidade para conectar novas soluções complementares à plataforma a partir da demanda de cada organização”, explica Fernanda Borges, líder de desenvolvimento de negócios para Soluções Climáticas da IBM América Latina.
Diante da ampla gama de possíveis atuações relacionadas aos eventos climáticos, o IBM Environmental Intelligence Suite também conta com recursos como o Vegetation Management, solução que utiliza IA para avaliar o estado da vegetação no território de produção de uma organização, identificando possíveis riscos que o crescimento excessivo da vegetação pode trazer para a linha de energia. Outro destaque é o IBM Renewables Forecasting, que prevê a geração de fontes renováveis, como parques eólicos e solares, ao usar inteligência artificial e análises avançadas, permitindo integrar fontes de energia na rede e aumentar a eficiência operacional. Assim, a tecnologia é capaz de prever o impacto de mudanças ambientais e possíveis riscos para os negócios, obtendo insights sobre as interrupções operacionais e indicando as melhores formas para priorizar esforços, além de impulsionar a medição de iniciativas ambientais de cada organização, enquanto reduz a complexidade da conformidade e dos relatórios.
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