Nas últimas semanas aumentou o número de anúncios de indústrias farmacêuticas e de centros de pesquisas sobre uma possível vacina contra o Covid-19. Ainda que exista um caminho protocolar a ser percorrido, os resultados apresentados são robustos e nos permitem já pensar em como será o mundo no pós-pandemia. Desafiando a economia, a saúde, o comércio e a sociedade, e caso o isolamento social acabe, como será o novo normal? Quais as oportunidades serão geradas pela crise? O que as empresas precisarão mudar e onde elas deverão investir?
Uma coisa é certa: o uso de tecnologias já está consolidado como o denominador comum no mundo corporativo. De acordo com pesquisa divulgada no último mês do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), 34% dos entrevistados preveem que a pandemia terá uma consequência positiva: uma onda de investimentos em Tecnologia da Informação (TI) e a pandemia como um catalisador de processos que, se fossem por “vias naturais”, iriam demorar mais para acontecer.
Segundo Jorge Patrinicola, especialista em Tecnologia da Informação e Sales Enginner da Quest Software, os pilares de sustentação desta nova estratégia de infraestrutura de TI estará calcada, principalmente, em segurança da informação, cloud computing,inteligência artificial, machine learning e análise massiva de dados.
“É importante que as empresas aproveitem este momento para aprimorar ou até mesmo iniciar este processo de transformação digital. É fundamental tanto a proteção dos novos ambientes domésticos que vieram para ficar, além de apostar em tecnologias que já estão consolidadas em muitos países como o machine learning, inteligência artificial, entre outras, para poder compreender e tirar proveito deste manancial de dados que estão sendo produzidos”, avalia Patrinicola.
SEGURANÇA
Segundo o especialista, como o home office foi realizado de maneira abrupta, muitas arestas ainda precisam ser aparadas para a manutenção do trabalho remoto. Além de aumentar as arquiteturas de segurança, é preciso investir em sistemas de, duplo fator de autenticação, que diminui em até 99.9% invasões por roubo de identidades e senhas e ferramentas de gestão de identidade e acesso para evitar perdas, danos ou ataques de hackers.
Em pesquisa realizada no mês de junho pela consultoria Betania Tanure Associados (BTA), que analisou 359 negócios por todo o país, pelo menos 43% das empresas brasileiras adotaram o teletrabalho em suas rotinas. O IBGE já havia identificado um crescimento de 44% no home office entre 2012 e 2018. Com a Covid-19, os planos de virtualização do trabalho foram adiantados.
CLOUD
A consultoria Gartner salienta oportunidades para Cloud como serviço. Em função da pandemia, a tendência é que os CIOs direcionaram seus gastos com produtos de assinatura e serviços em nuvem para reduzir os custos iniciais. A infraestrutura como serviço (IaaS) deve crescer 13,4% para US $ 50,4 bilhões em 2020 e 27,6% para US $ 64,3 bilhões em 2021. Os requisitos contínuos de colaboração no local de trabalho estimularão gastos sustentados do usuário final em conferências baseadas em nuvem, projetadas para 46,7% em 2020, de acordo com a última previsão.
BI, MACHINE LEARNING E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O uso da internet no Brasil cresceu durante a quarentena: o aumento foi entre 40% e 50%, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esta grande quantidade de informações precisa ser analisada e hoje já existem tecnologias acessíveis e que permitem buscar dados disponíveis e armazená-los de forma coerente para produção de análises mais complexas.
Estas informações direcionadas de forma ordenada auxiliam as empresas na busca por “insights”, assimilando padrões ou tendências. Com uso devido e transparente, estes dados auxiliam na criação de produtos mais aderentes às novas rotinas, bem como servem para o aprimoramento de serviços
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