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Hologramas que pairam no ar guiam cirurgia de ombro no Hospital Santa Paula

Equipe de Ortopedia da unidade é pioneira no uso da tecnologia de realidade aumentada para melhorar a precisão em próteses de ombro.


A equipe de Cirurgia do Ombro do Hospital Santa Paula, localizado em São Paulo e pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, é pioneira no desenvolvimento e uso de hologramas tridimensionais para melhorar a precisão no posicionamento de próteses de ombro. O objetivo dos ortopedistas, que utilizam óculos especiais para visualizar e manipular essas imagens, é diminuir as complicações e melhorar os resultados cirúrgicos dos pacientes.

Essa geração de hologramas (formas tridimensionais), já presente nos video games e no metaverso, é uma revolução no campo tecnológico e integra o que se chama de realidade aumentada mista, ou seja, une o ambiente virtual gerado pelo computador e o meio físico real. Esse panorama vem transformando a medicina e permitindo novas ferramentas para qualificar processos cirúrgicos, como os procedimentos de ombro -- as chamadas artroplastias -- realizadas pelo grupo do Santa Paula, que vem se debruçando nesse estudo inovador no Brasil juntamente com o apoio de parceiros internacionais.

As artroplastias objetivam substituir articulações por próteses, aliviando dores e devolvendo funcionalidades normais que possam ter sido prejudicadas. A partir da criação de hologramas gerados por um software específico, desenvolvido pela equipe, baseados na tomografia do paciente, é possível programar e simular o ato operatório. Essas imagens tridimensionais ajudam a guiar o cirurgião para um melhor posicionamento dos componentes protéticos que serão implantados na articulação do ombro. Ou seja, antes do procedimento, os médicos fazem essa simulação para saber os melhores caminhos para conseguir uma cirurgia de sucesso.

Como Funciona

Utilizando óculos especiais, comandados por voz e gestos, o médico visualiza o holograma criado a partir da anatomia óssea do paciente e consegue manipulá-lo com as mãos pelo ambiente, inclusive tendo uma visão 360 graus. Essa tecnologia permite uma experiência interativa e é usada no planejamento cirúrgico pré-operatório e pode seguir ainda para a sala de cirurgia, auxiliando durante o procedimento.

“Essa é uma ferramenta fantástica que permite replicar a cirurgia de forma bastante precisa “diz Dr. Nicola Archetti, ortopedista do Hospital Santa Paula que participou do desenvolvimento desse software. “A partir dos hologramas criados, é possível antever problemas e programar uma série de correções necessárias durante o procedimento cirúrgico”, frisa o médico.

Essa ferramenta foi desenvolvida pelo grupo de pesquisadores ortopedistas do Hospital Santa Paula -- os drs. Nicola Archetti, Fábio Anauate e Marcel Jun - utilizando o Hololens da Microsoft (óculos que criam ambientes virtuais de alta definição). Eles contam com o auxílio de uma equipe de engenheiros da Coomnewhealt Virginia Universituy, nos EUA, para efetivar a ferramenta.

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