Grandes redes de supermercados dos EUA, Europa e Ásia vêm promovendo uma curva ascendente de investimentos em Inteligência Artificial personificados em boa parcela pelo uso de robôs em estabelecimentos e estruturas comerciais. O movimento ganhou força em 2017, quando um mercado russo baseado em Moscou passou a utilizar promobots para demonstrar produtos, orientar e agradar consumidores. De lá para cá, marcas importantes como a norte-americana Giant Food Stores e a rede australiana de mercearias online Coles, só para citar algumas, também aderiram à onda de modernização tecnológica e já contam com robôs integrados às equipes de funcionários ou à frente de processos da cadeia de produção e serviços.
No Brasil, a tendência global está a um passo de também ganhar realidade”, diz o engenheiro André Araújo, carioca de 42 anos com mais de duas décadas de experiência em automação e robótica. Araújo é um dos pioneiros em soluções usando IA e robótica para usos similares aos que estão sendo implantados nos países de primeiro mundo. Desde 2018, André está à frente da XRobô, primeira startup brasileira especializada no desenvolvimento de aplicações customizadas para autômatos de atendimento.
A empresa, embora absolutamente nova, já está mostrando que criar casos disruptivos faz parte de seu DNA. Com menos de nove meses de vida, no fim do ano passado, a XRobô foi responsável pela criação da inteligência artificial que habita o primeiro robô-concierge do Brasil, além de estar trabalhando no desenvolvimento de novos robôs inteligentes para uma grande cadeia varejista nacional e uma nova rede de hotéis, já se prepara para levar a tecnologia ao setor supermercadista.
Supermercado 3.0
A estratégia, além de acompanhar as tendências globais de transformação digital, vai ao encontro dos novos hábitos dos consumidores, cada vez mais antenados em gadgets e engenhocas de forte apelo futurista e por experiências criativas de consumo. Some-se a isso o fato de que a ida ao supermercado é uma atividade doméstica rotineira que não precisa ser chata e cansativa como muitos a rotulam. Acredite. ‘E bem o contrário.
“Imagine entrar em um supermercado e ser recebido por um simpático robô que dá informações, tira dúvidas sobre setores e onde estão os itens da loja, compara preços e marcas e faz até demonstrações de produtos”, diz André.
De fato, esses pequenos autômatos com cerca de um metro de altura possuem características sob medida para o atendimento em hipermercados e grandes magazines. Além da aplicação embarcada pela XRobô, que faz com que atuem com eficiência e prontidão para atender os clientes, eles possuem feições que imitam humanos, tem braços moveis e câmeras que fazem reconhecimento facial, o que favorece ainda mais a curiosidade e a interação com as pessoas que transitam pelo local.
Os robôs comercializados pela startup contam também com sensores de toque, presença e movimento que permitem desviar de obstáculos e se locomover na velocidade de uma pessoa andando. São ainda capazes de interpretar voz e fala, captando exatamente o que o cliente deseja saber ou para onde deseja ir.
O objetivo, segundo André Araújo, é tornar o robô o mais natural possível, contribuindo para uma experiência de interação muito mais espontânea e prazerosa entre humanos e robôs de serviço.
Com sede na cidade de São Paulo, a XRobô está na web em www.xrobo.com.br
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