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4 práticas para empresas atraírem mais talentos femininos em TI

Especialista comenta algumas atitudes que companhias podem adotar para ajudar na contratação de mais mulheres em tech.

 

Existe um debate que sempre gira em torno das vagas em TI: ainda que o número de cargos esteja entre os que mais crescem, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, a contratação de mulheres não tem acompanhado essa demanda. Apenas 39% dos trabalhadores da área de tecnologia são do gênero feminino, segundo o último Relatório de Diversidade da Brasscom. Mas o que pode ser feito para reverter esse cenário?

 

“Não é mais uma novidade a corrida das empresas por aprimorar seus requisitos de contratação. Mesmo que ainda haja certa distância do número ideal, mulheres têm se inserido em novos espaços, encontrando novas formas de contratações, presenciais ou remotas para o exterior”, comenta Samyra Ramos, especialista de marketing na Higlobe, fintech de pagamentos para profissionais brasileiros que trabalham remotamente para os EUA.

 

Analisando o próprio cotidiano na área tech, Samyra percebe que esse é um ponto que ainda exige atenção, e defende que as companhias abracem a causa. “Lidamos diariamente com profissionais de TI que precisam receber seus pagamentos de empresas americanas e é nítida a dominância masculina na procura por vagas no exterior. Mulheres precisam alcançar esses espaços e as organizações também são responsáveis por viabilizar esse caminho”, complementa Ramos. 

 

Ela observa que algumas ações já praticadas por corporações estão dando certo e, por isso, é interessante criar estratégias para adotá-las. A seguir, ela lista algumas práticas para atrair e reter talentos femininos em TI:

 

1 - Vagas afirmativas

Diferente das vagas amplamente abertas, este tipo pode dar oportunidade e visibilidade para mulheres se candidatarem com confiança e segurança na sua expertise e talento. 

 

2 - Dê oportunidades para quem está começando

Claro que o nível profissional da pessoa deve ser compatível com o da vaga em questão, mas é interessante considerar agir fora do convencional e contratar quem esteja começando. Oferecer cursos profissionalizantes e capacitações pode ser uma chance de a colaboradora aprender e chegar ao patamar necessário à posição, incentivando o crescimento profissional e a retenção de talentos.

 

“Alguns relatórios apontam que mulheres são mais atraídas para oportunidades em que há chance de aprendizado constante. Além de ajudar na formação de profissionais, esse cuidado acolhe as programadoras e dá o incentivo para que elas se sintam motivadas no trabalho e permaneçam na empresa por um longo período”, comenta Samyra.

 

3 - Foque em habilidades construtivas

Pedir por habilidades muito técnicas e específicas pode afastar o interesse de profissionais mulheres que ainda não tenham essas experiências ou que se achem incapazes de cumprir as demandas. Segundo pesquisa do LinkedIn de insights sobre gênero, mulheres se candidatam a 20% menos vagas do que os homens, ou seja, elas se arriscam menos quando não preenchem os requisitos.

 

De acordo com gerentes de cultura e inclusão, uma boa alternativa é pedir por qualidades mais construtivas e identificáveis, como “dedicada”, “quick learner”, “autodidata” e “resiliente”. 

 

4 - Busque talentos em diferentes lugares

Focar em espaços em que a maioria dos profissionais já é masculina, como em cursos de engenharia, pode não ser uma boa estratégia se quiser atrair mulheres. Faça parcerias com organizações que promovam mulheres em tecnologia, invista em programas de diversidade, coloque suas colaboradoras e lideranças femininas para falar em palestras online e em faculdades.

 

“O importante é sempre ter em mente o cenário atual da empresa e o que fazer daqui para frente para que esse espaço entre homens e mulheres não continue distante. Não faltam profissionais qualificadas dispostas a aprender, contribuir com o crescimento do negócio e investir na própria carreira”, finaliza a especialista da Higlobe.

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