IA generativa no varejo: evoluindo do Guia 4 rodas para o Waze na gestão da operação de loja
- Redação

- há 7 dias
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A inteligência artificial generativa já não é apenas promessa. Ela altera a forma de decidir no varejo ao transformar dados em linguagem natural e respostas acionáveis, encurtando o tempo entre diagnóstico e execução e permitindo decisões em tempo real. De acordo com um levantamento da Google Cloud feito em 2024, 81% dos tomadores de decisão no varejo afirmaram sentir urgência em adotar IA generativa, e 72% disseram estar prontos para implantá-la.
Historicamente, o varejo sempre dependeu da leitura humana de tendências e do repertório analítico. Mas a complexidade dos dados cresceu a ponto de tornar esse processo inviável manualmente. Hoje, uma rede varejista lida com preços dinâmicos, campanhas, estoque e comportamento regionalizado ao minuto. A IA generativa atua justamente nesse ponto crítico, viabilizando a criação de agentes especializados que podem interpretar grandes volumes de dados e devolvendo respostas claras e contextualizadas.
Na prática, evoluímos nossa forma de fazer a gestão da linha de frente. No modelo antigo, que chamo de modelo Guia 4 Rodas, fornecíamos uma miríade de dashboard para a operação, e esperávamos o bom senso de cada gestor para traçar a rota do sucesso das suas vendas. Era melhor do que não ter informação, mas esse modelo tinha como pressuposto uma capacidade analítica além do esperado para a execução, e assim, poucos conseguiam tirar valor. Acreditamos que para esse público, o modelo Waze funciona melhor. Usando AI para dar a direção mais detalhada de como chegar no destino de sucesso, e contando com a intervenção dos gestores quando alguma rota está bloqueada, inviabilizando o caminho apontado.
Outra evolução é a capacidade de interagir com seus resultados, no lugar de relatórios estáticos, o gestor passa a interagir com painéis conversacionais que respondem perguntas e justificam cenários, algo que o Looqbox observa entre grandes redes.
Claro que a adoção dessa nova forma de gestão exige responsabilidade. Transparência, governança e preparo das equipes garantem que a IA atue como copiloto estratégico, não como automação isolada. Voltamos ao modelo socrático, e à hermeneutiva, Varejistas que aprendem a perguntar melhor passam a decidir melhor.
O varejo que dominar a IA generativa e os Agentes na sua gestão não apenas reagirá mais rápido às mudanças, como as antecipará. Estamos diante de uma nova lógica de planejamento e execução, em que a intuição humana e a precisão algorítmica se complementam. O futuro do varejo já não é apenas digital. É generativo, agentico, dinâmico e guiado por dados que finalmente falam a língua do negócio.
Por Rodrigo Murta, CEO da Looqbox









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